sexta-feira, 30 de outubro de 2009

A força de viver


Olá, eu sou a Susana, venho por este meio lhes contar a história mais triste da minha vida.
Sou casada, tenho dois filhos, uma menina de 18 anos e um menino de 8 anos, eles são o meu motivo de viver. Certo dia o meu filho mais novo o Zé Pedro começou a ficar doente, dia após dia ele emagrecia, bebia muita água e queria estar sempre a comer, eu não entendia o porquê de ele estar assim e foi motivo para o levar ao hospital. No dia 4\ 8\ 2008 deu entrada no hospital de Penafiel, ficando internado pois lhe tinham diagnosticado uma doença crónica que é chamada Diabetes tipo 1 inaugural e com impossível cura. Nesse dia eu queria morrer para que não pudesse ver o sofrimento do meu filho, foi chocante vê-lo deitado numa cama, com várias médicas e enfermeiras em volta a tentar lhe meter as agulhas e ele gritava, mãe não me deixes picar mais. Mal ele imaginara que daí para a frente essa seria a sua vida, ser picado todos os dias. O que acontece quando temos diabetes tipo 1 na maioria das pessoas, o pâncreas produz a quantidade certa de insulina necessária para ajudar o açúcar a entrar nas células. Mas nas pessoas com diabetes tipo 1 o pâncreas não consegue produzir insulina. Por isso terei que fornecer insulina ao organismo do meu filho dando-lhe uma injecção. A princípio tive muito medo de o magoar, mas com o passar do tempo as injecções ficaram mais fáceis de dar e menos assustadoras, tanto para mim como para ele. A glicemia é um termo utilizado para designar a quantidade de glicose que há no sangue. Dali para a frente ele teve que se alimentar de forma, saudável para manter uma alimentação equilibrada, porque isso influencia muito os níveis de glicemia. Comecei a pensar que não conseguia lidar com a situação, pois o meu filho ia requerer de muitos cuidados, deverá de 3 em 3 horas efectuar a pesquisa de glicemia, que será pica-lo no dedo e dar-lhe comer dependentemente dos seus valores. Também terei que aplicar a insulina de manhã e á noite na hora de comer se for necessário, durante a noite tenho de o vigiar para que a sua glicemia não esteja demasiado baixa, porque pode desmaiar e entrar em coma sem se dar conta, mas com os valores demasiados altos pode ocorrer a mesma situação. No primeiro ano foi muito difícil para mim, pois ter que negar um doce e ter que lhe dizer, não podes comer mais, para uma criança de 7 anos é muito complicado. Mas porem, depois descobri que ele podia fazer tudo aquilo que mais gostava, trepar, saltar, jogar á bola etc.Saber as regras para tratar a diabetes tipo 1 e cumpri-las é tudo o que é preciso para ele ser feliz. Não podendo me esquecer que faça uma alimentação saudável, tomar a insulina a horas, verificar regularmente a glicemia e anotar tudo no diário dele pois no futuro será ele a faze-lo. Apesar de todo o sofrimento pelo qual passei descobri algo a ter em conta, nunca vou desistir de lutar por ele, e sonho de um dia o pesadelo acabe e o pâncreas do meu filho volte a funcionar, nesse dia eu serei a mãe mais feliz deste mundo. Agora para terminar, quero fazer um alerta a todas as mães se por acaso virem que o vosso filho está a beber grandes quantidades de água, tiver fadiga, dor de cabeça e irritação por favor verifiquem o nível de glicemia pois pode ocorrer que esteja diabético e recorra a um hospital o mais rápido possível.

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